O empresário Elon Musk recusou um assento no conselho de administração do Twitter, depois de ter aumentado sua fatia na companhia para 9,2% e insinuado que faria mudanças na empresa.
A indicação de Musk para o conselho do Twitter havia sido anunciada na última terça-feira (5) e seu ingresso no colegiado seria formalizado no sábado (9), mas ontem o executivo-chefe da companhia, Parag Agrawal, divulgou um comunicado dizendo que Musk havia recusado o cargo.
“A indicação de Elon ao conselho deveria se tornar oficial em 9 de abril, mas Elon dividiu naquela mesma manhã que ele não mais ingressaria no conselho. Acredito que isso seja o melhor. Nós valorizamos e sempre valorizaremos sugestões dos nossos acionistas, estejam eles no conselho ou não. Elon é o nosso maior acionista e continuaremos abertos a suas sugestões”, disse Agrawal.
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Desde o final de março Musk questiona, em sua conta no Twitter, a forma como a rede social funciona. No dia 26 daquele mês, fez uma enquete com os seguidores perguntando se o Twitter seguia de forma rigorosa o princípio da liberdade de expressão e se uma nova rede social era necessária.
No dia 4 de abril, questionou se os usuários do Twitter gostariam de poder editar coisas que já foram publicadas na rede social – uma funcionalidade que ainda não existe – e, no último sábado, questionou se o Twitter “estava morrendo”, visto que as contas com mais seguidores raramente publicam conteúdo.
Most of these “top” accounts tweet rarely and post very little content.
Is Twitter dying? https://t.co/lj9rRXfDHE
— Elon Musk (@elonmusk) April 9, 2022
Os BDRs do Twitter (TWTR34) – recibos negociados na B3 que representam ações da companhia nos Estados Unidos – dispararam neste mês depois de vir à tona que Musk, fundador da Tesla e recentemente considerado o homem mais rico do mundo, havia comprado uma fatia de mais de 9% na rede social e se tornado o maior acionista individual da companhia.
No final de março, o BDR do Twitter era cotado a R$ 92,05. Em 5 de abril, após a notícia de que Musk havia se tornado o principal acionista da companhia, o preço do papel atingiu máxima de R$ 127,49 – alta de 38%. Nos dias seguintes, no entanto, os preços devolveram parte dos ganhos e, na sexta-feira (8), fecharam em baixa de 5,47%, a R$ 108,50.