Como ação da Ambev (ABEV3) vai reagir a limite para contratos de exclusividade?

A volta da concorrência nos bares deve trazer menor rentabilidade para a Ambev, além de um menor volume de vendas

Foto: Shutterstock

A pedido da Heineken, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) proibiu a Ambev de fechar novos contratos de exclusividade para vendas de cervejas em bares, restaurantes e casas de show até o fim da Copa do Mundo.

Além disso, a empresa deverá reajustar as exclusividades já existentes limitando este tipo de contrato a 20% dos locais disponíveis em cada região onde atua. A Heineken também foi incluída na decisão e deve seguir as mesmas ordens.

O descumprimento dessas medidas pode resultar em uma multa de R$ 1 milhão por estabelecimento excedente, além de uma punição que suspende todos os contratos de exclusividade no Brasil por 5 anos. – A Ambev ainda pode recorrer ao Cade.

O que achamos?

Há uma guerra que ocorre desde março na qual a Heineken acusa a Ambev de usar contratos de exclusividade para limitar o poder de escolha do consumidor. No caso, a Ambev detém cerca de 60% do mercado e a Heineken em torno de 20%.

A decisão do Cade, portanto, deve pressionar as receitas da Ambev durante o período da Copa do Mundo, já que o volume de vendas pode ser menor.

Além disso, as margens de lucro devem cair, já que o repasse dos preços era mais viável com a exclusividade. Agora com espaço para concorrência, a competitividade volta para dentro dos bares.

Já para Heineken é uma notícia positiva, pois a empresa está em busca de expandir os negócios e era difícil abrir espaço com a Ambev dominando os bares. Portanto, a Heineken deve ganhar um market share que pode ser difícil para Ambev retomar futuramente.

Como as ações devem reagir?

Os investidores não devem ver com bons olhos a volta da competitividade nos bares, portanto, os papéis da Ambev devem ser puxados para baixo.

As ações da Ambev acumulam alta de 2,2% no ano.

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