O orgão de Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção do aplicativo popular Didi Chuxing, equivalente chinês ao aplicativo de transporte Uber, das lojas de aplicativos.
A decisão deste domingo, 04, teve como base a alegação de que o app coleta ilegalmente e faz uso de informações pessoais dos seus usuários.
Em um comunicado oficial, o governo chinês disse que o aplicativo violou gravemente as leis e regulamentos do país, e que a decisão de remoção está de acordo com a Lei de Segurança Cibernética.
A Didi terá de corrigir a situação em conformidade com as leis e normas nacionais para proteger a segurança das informações de seus usuários, disse o governo.
Em uma resposta postada em sua conta no Sina Weibo, a Didi disse que retificaria os problemas e tomaria medidas no sentido de reforçar a prevenção de riscos e melhorar sua capacidade técnica de proteção de informações e dados pessoais de seus usuários.
Desde sábado está suspensa as inscrições de novos usuários no aplicativo. Já aqueles que tinham o aplicativo no celular antes desta data, tanto passageiros como motoristas, não tiveram seu uso afetado.
IPO bilionário e polêmicas
A decisão veio dois dias depois que o orgão regulador iniciou uma revisão da segurança digital da companhia, e quatro dias depois do IPO do Didi em Nova York. A oferta inidical de ações da companhia captou mais de US$ 4 bilhões. No Brasil, o Didi é dono do app 99, concorrente do Uber.
A empresa é alvo de uma série de polêmicas. Outro processo em andamento é o inquérito antitruste em que é alvo junto com outras grandes companhias de internet, como a Tencent.
Apenas na sexta-feira, dia 02, o “Uber chinês” perdeu 11% do seu valor de mercado, depois que o regulador revelou sua investigação.
As grandes companhias chinesas de tecnologia têm estado na mira do governo da China, pela forma como coletam e utilizam dados dos seus clientes ou por práticas anticompetitivas.