O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou em forte queda de 2,28% no pregão desta quinta-feira, 02, aos 116.677,08 pontos.
O índice foi pressionado pelas votações do Congresso, especialmente pela votação da reforma do Imposto de Renda, além da divulgação da produção industrial, que veio pior que o projetado.
O texto-base da reforma do imposto foi votado ontem com as modificações para os dividendos, conforme era esperado.
Desta forma, os lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas ou jurídicas, hoje isentos, sofreriam tributação de 15% a partir de janeiro de 2022, sem regra de transição.
No entanto, para as novas regras entrarem em vigor, ainda é necessária aprovação do projeto de lei pelo Senado Federal e posterior sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Além desse fator, o cenário ainda complicado, com a tensão político-institucional e a crise hídrica e seus potenciais reflexos na inflação no radar, deve continuar pressionando o índice.
No mercado externo, as bolsas americanas fecharam em alta na última sessão, renovando seus recordes, à espera da publicação do relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que deverá dar novas pistas sobre a redução das políticas monetárias do Federal Reserve (banco central do país).
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,37%, aos 35.443 pontos.
Enquanto isso, o S&P 500 avançou 0,28%, a 4.536 pontos. Já o indicador de tecnologia Nasdaq cresceu 0,14%, a 15.331 pontos.
Agenda Econômica
Na agenda econômica desta sexta-feira, 03, os investidores deverão acompanhar a divulgação dos PMIs composto e de serviços do Brasil às 10h (horário de Brasília).
Já no mercado externo, as atenções estarão voltadas para a divulgação do Relatório de Emprego (Payroll) às 09h30 e dos PMIs de serviços e o composto dos Estados Unidos.