Após três dias de quedas consecutivas, o Ibovespa fechou em alta na última sexta-feira, 18, puxado pelos papéis da Eletrobras. Com a aprovação do texto-base no Senado na quinta-feira, os papéis ON e PN da companhia fecharam com altas superiores a 6% cada uma.
Porém, os 0,27% de valorização do índice hoje não foi suficiente para tirar o acúmulo semanal do vermelho.
Na última semana, o Ibovespa registrou sua segunda semana de perda, após renovar as máximas no início do mês: caiu 0,80% em sete dias. No mês, sobe 1,73% e no ano, avança 7,89%.
Nessa semana teremos o desenrolar da privatização da Eletrobras, visto que na terça-feira, 22, o texto caduca e deve ser aprovado pelos deputados e sancionado pelo presidente antes disso.
No mais, o Banco Central segue no centro das atenções depois de elevar a taxa Selic em 0,75 p.p. na última quarta. Isso porque, também na terça-feira, será apresentada a Ata do Copom, em que a autoridade monetária deve dar mais detalhes sobre o cenário que enxerga para o país nos próximos meses.
Atualmente, as opiniões se dividem sobre as projeções de alta para a próxima reunião. Há quem espere pelos 0,75 p.p., novamente, e quem diga que será de 1 p.p. até chegar em 6,25% ao ano.
Completando a agenda doméstica, nesta semana o IBGE divulga na sexta-feira, 25, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), principal prévia da inflação oficial do país.
Clima nos EUA
Diferentemente daqui, nos Estados Unidos a sexta-feira terminou no vermelho, com o S&P caindo 1,31% e cravando sua pior semana desde fevereiro.
Tudo isso começou na quarta-feira, quando o Fed anunciou uma data para aumentar os juros do país, anterior ao esperado pelo mercado. A maioria dos membros do colegiado projeta dois possíveis aumentos dos juros em 2023. Antes, as estimativas eram de alta apenas em 2024.
Para piorar, um novo discurso de James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, indicou que, se a inflação seguir apertando no mesmo ritmo em que está, os juros vão aumentar em 2022 mesmo.
Nesta semana, a agenda econômica de lá reserva a revisão final do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. A projeção é de manutenção da alta de 6,4% já vista anteriormente, segundo dados compilados pela Refinitiv.
Outro dado importante será o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), um dos principais números de inflação do país. Ele será divulgado na sexta-feira, 25.