No primeiro trimestre, brMalls (BRML3) supera em 5% as vendas de igual período de 2019

No período, as vendas totais da companhia atingiram o equivalente a 105% das vendas do primeiro trimestre de 2019

Foto: Shutterstock

Em meio à polêmica envolvendo uma combinação de negócios ou não com a Aliansce Sonae (ALSO3), a brMalls (BRML3) divulgou a prévia operacional do primeiro trimestre deste ano nesta segunda-feira (18) e mostrou que as vendas ultrapassaram em 5% o patamar do primeiro trimestre de 2019, uma comparação feita pela empresa para indicar que já está acima dos níveis anteriores à pandemia, que começou no primeiro trimestre de 2020.

Em relação ao nível de vendas dos primeiros três meses do ano passado, as vendas cresceram 59,09%.

Os principais destaques do trimestre estão concentrados nas regiões Centro-Oeste, com Cuiabá e Campo Grande, e  Sudeste, com os shoppings VillaLobos, Mooca, Plaza Niterói e Tijuca.

Segundo a companhia, apesar dos efeitos da variante Ômicron que impactaram as atividades em janeiro deste ano, o primeiro trimestre confirmou a tendência positiva de uma rápida retomada nas vendas.

Em linha com o crescimento das vendas, a receita com aluguel, no critério mesmas lojas líquido de descontos, se mostrou consistente em comparação ao mesmo período do ano anterior, com crescimento de 52,5%, alcançando 37,5% no primeiro trimestre.

A taxa de ocupação, um dos indicadores das empresas de shoppings que mais foram afetados durante a pandemia, também parece estar se recuperando. A brMalls registrou taxa de 97,6% no período, uma alta de 1,34 ponto percentual ante o mesmo intervalo do ano passado.

Em comunicado ao mercado, a empresa afirmou que a recuperação da taxa de ocupação permitirá avanços importantes na estratégia de rentabilização dos seus espaços em 2022.

A inadimplência líquida da brMalls se mostrou saudável no trimestre, apesar do aluguel dobrado de dezembro e o efeito Ômicron em janeiro deste ano, encerrando o período com 6,6%, ante 14,3% um ano antes.

Novela

A novela envolvendo a brMalls e a Aliansce Sonae teve como mais recente capítulo uma nova oferta feita por esta última. Na ocasião, o valor do pagamento em dinheiro foi elevado em 37%, ou R$ 500 milhões, totalizando R$ 1,85 bilhão.

A relação de troca das ações também foi alterada. A Aliansce propôs entregar 276,7 milhões de ações de sua emissão, equivalente a 51,08% do capital social da companhia combinada. Isso equivale à substituição de uma ação da brMalls para 0,33414420 papel da Aliansce.

Na ocasião, a Aliansce Sonae disse que o aumento da oferta, dando a chave da empresa combinada aos acionistas da brMalls, tem como motivador a oportunidade única de fortalecimento de ambas as empresas, com ganhos significativos aos seus investidores.

A proposta, contudo, foi novamente recusada pela brMalls, que considerou que a empresa não foi devidamente precificada. A companhia, porém, i que estaria aberta a continuar as negociações.

Por volta de 11h27 (de Brasília), as ações ordinárias da brMalls tinham queda de 0,11%, a R$ 8,71, enquanto os papéis ordinários da Aliansce Sonae caíam 0,24%, a R$ 21,10.

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