Hoje o Congresso Nacional votará o Orçamento de 2022 e deve encerrar as dúvidas sobre quanto e de que forma o governo pretende gastar no ano que vem. Esta definição importa porque ajuda a diminuir os receios com o cenário fiscal.
Desde meados deste ano os preços de ações têm caído e os juros, subido, em parte por preocupações sobre como o governo lidará com o aumento de despesas em 2022. Além de gastos maiores com precatórios e programas sociais, também está previsto forte crescimento em despesas obrigatórias corrigidas pela inflação.
A PEC dos Precatórios resolveu quase todo o problema nesta área, mas ainda há alguns rabichos a acertar. A Comissão Mista de Orçamento, inclusive, teve de adiar a votação de ontem para hoje para tentar chegar a um acordo nestes últimos temas.
Segundo a Agência Câmara, os deputados ainda precisam encontrar recursos para a Educação, e negociam para cortar outras despesas. A tesourada deve acontecer ou no fundo eleitoral, que soma R$ 5,1 bilhões, ou nas emendas de relator, que chegam a R$ 16,5 bilhões.
O fundo eleitoral é usado para pagar as campanhas políticas dos partidos. As emendas de relator equivalem a recursos concedidos ao congressista responsável por elaborar o orçamento público. Em geral, elas são usadas para financiar projetos de interesse do governo.
A discussão sobre o Orçamento começará primeiro na comissão mista, a partir das 10h. O texto aprovado por lá será votado em seguida pelo Congresso Nacional.
A agenda do dia também prevê, às 8h, dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a Expectativa de Inflação dos Consumidores em dezembro e, às 12h, números sobre a confiança do consumidor da zona do euro, também referentes a este mês.